13 de dez. de 2010

Pedir, multiplicar a voz e ter resposta no eco

Acaba hoje, dia 13 de dezembro, à meia-noite, a oitava edição da campanha "Direito de Viver" do Hospital de Câncer de Barretos, desta vez realizada com o suporte de midia da Redetv. A emissora se fez porta-voz da entidade para a construção de uma unidade pediátrica, estimada em R$20 milhões, para atender já em 2012, cerca de 300 crianças por dia, unicamente pelo SUS. Todos os programas da Redetv foram adaptados para exibir matérias sobre o dia-a-dia do maior centro de referência em câncer da América Latina. Artistas pediram doações pelo telefone e empresas contribuiram com dinheiro e bens, somando quase R$ 9 milhões, em um mês dessa ação social no ar, em todo o Brasil. Com isso, deu-se o efeito-eco na população. Pedir, qualquer instituição pede. Mas quando se mostra competência na operação, transparência nas contas, tratamento de qualidade e, ainda que todas as condições de pacientes-tardios pesem contra, mostra-se a cura... então o papel foi cumprido com sucesso. Amilcare Dalevo, big boss da Redetv, deu um passo consciente na direção da responsabilidade que tem, como homem de comunicação, de difundir o que é o verdadeiro sentido da colaboração. É vital e reconfortante, para o doador, compreender que fazer o bem, ajudando a quem necessita, é tarefa que vai movimentar um enorme eixo sociométrico, multiplicando verbas e recursos.

2 de dez. de 2010

Foi ingenuidade da assessoria de imprensa

Ainda que se evoque o exercício da ética profissional,tudo é negociável no mundo corporativo. Menos informação quente, de qualidade, para a imprensa diária.Explico porque. Qual jornalista hoje minimamente antenado, inquieto como deve ser, na lida com conteúdos que vêm de todas as direções, guardaria um "furo" para o dia seguinte? Quem, em sã consciência, numa redação de grande jornal que trabalha com noticias em tempo real na internet, obedeceria a um assessor para segurar, embargada, uma informação com data certa para ganhar dimensão pública? Não sei quem são, mas os assessores que subiram ao palco, ontem, para explicar como vazou o resultado dos vencedores do Festival de Cinema de Brasília,fizeram feio para a classe. Meu Deus, com esse monte de gente fazendo o trabalho de repórter-cidadão, passando notícia pelo celular, pelas redes sociais, em linha e tuitando com redações de rádios e tvs e sites....como uma assessoria de comunicação se fiaria em negociar com os editores o timing de divulgação do um resultado oficial? Na briga por sair na frente, acho que a Folha fez seu papel, apesar de "trair" a assessoria. A Folha de SPaulo publicou on line o release cuja essência deveria estar nos jornais do dia seguinte. E essa prática causou um caos na organização do evento, uma vez que os candidatos souberam pela imprensa o que os organizadores teriam a primazia de oficializar. Voltando ao mundo real dos assessores de imprensa: há casos e casos para se negociar exclusividade e se disparar generalidades, ainda que o cliente grite mais alto. Mais do que prezar a vontade do cliente e confiar nos amigos repórteres que são nosso par em bares e festas culturais, vale a máxima dos tempos de past up, não muito longe de Gutemberg: jornalista não é amigo, é profissional.