27 de out. de 2010
Escolher ( bem ) a quem imitar
O lado avesso da inveja é a admiração. Não sei onde vi ou li isso. O aforismo tem cheiro de auto-ajuda e até lembra os escritos que embalam aqueles biscoitos chineses da sorte, mas acho-o genial. Imitar quem a gente admira devia ser lição obrigatória da cartilha de nossas vidas. Se perguntassem “quem você quer ser quando crescer” ao contrário de “ o que você quer ser”, o destino de muitos de nós teria sido mais fértil e alegre. Agora, convenhamos: é preciso ter sabedoria para escolher e poder colar no modelo inspirador. A história recente vem provando que essa máxima é verdadeira. Os gestores de qualidade e conhecimento inventaram, em matéria de liderança, o termo benchmarking, que nada mais é do que entender e aplicar modelos vencedores de gestão nas empresas para as quais dão consultoria. Trata-se de uma maneira sofisticada de recriar o bordão que o guru Chacrinha profetizava: nada se cria e tudo se copia. O risco de se reinventar o padrão a ser seguido é que, na maioria das vezes, pela ambição de se melhorar o modelo, se estraga a referência original e os resultados podem ser frustantes. Acho que este é o berço da inveja, uma distorção da admiração.
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