Marketing de Causa. Por que fazer o bem? [Artigo]
Como a crença de que o lucro pelo lucro, sem gerar benefícios comuns, faz parte do capitalismo do século passado, muitas empresas turbinadas no marketing 3.0 — aquele que prioriza significados e valores — já têm o marketing de causa, ou social, incorporado na gestão de seus negócios.
Num mundo egoísta, dá para se pensar que fazer o bem pavimentaria o caminho para o céu e aliviaria impostos por conta de renúncias fiscais que a legislação permite. Mas não. O ato de pensar no próximo, estar em linha com movimentos que, em síntese, reduzam o desconforto dos que têm menos, tem a ver com desempenho econômico. Afinal, o consumidor que, graças às conexões nesse tempo de convergência, está em todos os lugares, vai escolher e optar por uma marca à outra em razão do que sente e no que dela se beneficia.
Acabou-se a ditadura do maior ou do mais esperto. A velocidade da informação é tanta, a oferta é tão similar e os preços tão páreos, a ponto da decisão de comprar um produto ou serviço ser guiada por razões que a própria razão desconhece. Reflexão sensorial, já que nem sempre o bom atendimento, que faz o cliente cativo, prescinde do sorriso do balconista ou do gerúndio do operador de telemarketing.
Buscar a felicidade é um desafio para as empresas de ponta e isso nada tem de poético no Brasil como player do mundo, que tem a maior população empreendedora do planeta. O marketing de causa, por isso mesmo, tem que causar. Impactar, sacudir, fazer barulho nos canais que produzem eco. E aí provocar aderência, juntar pessoas em torno de uma verdade.
Pessoas hoje se identificam com mensagens verdadeiras e com certeza farão coro se convidadas a participar de ações coletivas, petições, desagravos ou qualquer coisa que mobilize sentimentos com atitudes dignas, éticas, justas. Empresas saudáveis, mas humanizadas e socialmente responsáveis sempre serão melhor avaliadas dos que as apenas poderosas. Ou alguém ainda duvida que é melhor se sofrer junto do que ser feliz sozinho?∞
Sobre a autora: Meg Guida é diretora-executiva da Porta-Voz. Jornalista formada pela Cásper Líbero e pós-graduada pela ECA-USP, foi coordenadora de comunicação da Embratur. Aliou sua experiência de repórter, redatora e editora dos principais jornais brasileiros à bagagem em comunicação empresarial para atuar como estrategista da Porta-Voz.
Num mundo egoísta, dá para se pensar que fazer o bem pavimentaria o caminho para o céu e aliviaria impostos por conta de renúncias fiscais que a legislação permite. Mas não. O ato de pensar no próximo, estar em linha com movimentos que, em síntese, reduzam o desconforto dos que têm menos, tem a ver com desempenho econômico. Afinal, o consumidor que, graças às conexões nesse tempo de convergência, está em todos os lugares, vai escolher e optar por uma marca à outra em razão do que sente e no que dela se beneficia.
Acabou-se a ditadura do maior ou do mais esperto. A velocidade da informação é tanta, a oferta é tão similar e os preços tão páreos, a ponto da decisão de comprar um produto ou serviço ser guiada por razões que a própria razão desconhece. Reflexão sensorial, já que nem sempre o bom atendimento, que faz o cliente cativo, prescinde do sorriso do balconista ou do gerúndio do operador de telemarketing.
Buscar a felicidade é um desafio para as empresas de ponta e isso nada tem de poético no Brasil como player do mundo, que tem a maior população empreendedora do planeta. O marketing de causa, por isso mesmo, tem que causar. Impactar, sacudir, fazer barulho nos canais que produzem eco. E aí provocar aderência, juntar pessoas em torno de uma verdade.
Pessoas hoje se identificam com mensagens verdadeiras e com certeza farão coro se convidadas a participar de ações coletivas, petições, desagravos ou qualquer coisa que mobilize sentimentos com atitudes dignas, éticas, justas. Empresas saudáveis, mas humanizadas e socialmente responsáveis sempre serão melhor avaliadas dos que as apenas poderosas. Ou alguém ainda duvida que é melhor se sofrer junto do que ser feliz sozinho?∞
Sobre a autora: Meg Guida é diretora-executiva da Porta-Voz. Jornalista formada pela Cásper Líbero e pós-graduada pela ECA-USP, foi coordenadora de comunicação da Embratur. Aliou sua experiência de repórter, redatora e editora dos principais jornais brasileiros à bagagem em comunicação empresarial para atuar como estrategista da Porta-Voz.